sexta-feira, 6 de agosto de 2010

Somos uma metamorfose ambulante ou temos uma velha opinião formada sobre tudo?

Tenho minha opinião "formada sobre tudo... concernente a Cristo e seus ensinamentos" e nada mais. O que me faz livre. Livre, no sentido de não mais me deixar ao luxo de ser enganado facilmente; livre por ter sido ensinado do "alto" e agora poder agir por mim mesmo - claro! Nem todas as vezes sozinho -.
Agora, sou uma mega "metamorfose ambulante... para com as coisas secundárias", e que bom é ser assim. Se eu não fosse, eu não teria as minhas medálias de natação por um dia eu ter acreditado em caboquinho d'água; se eu não fosse essa metamorfose ambulante, eu teria batido muito no Papai Noel um dia em que tive a oportunidade, por ter crido muitos anos que existia um homem do saco, que por sinal, era mau e ia me carregar com ele; se eu não fosse, hoje eu não saberia expôr minhas idéias de forma clara e interessante, por achar que dormir era melhor que acordar e ir para o colégio; se eu não tivesse conhecido à politicagem, teria votado novamente nesses lobos vestidos de ovelhas; enfim, estou sempre em mudanças, e temo estar estagnado em alguma opinião formada sobre algo nesse exato momento, e o que é pior, que essa opinião seja algo que me priva/limite meu progresso.

O próprio Sartre - posso dizer que foi o principal idealizador do existencialismo -, teria sido uma metamorfose ambulante, mesmo tendo certeza sobre sua opinião formada sobre tal (existencialismo). Cria que surgimos do nada, como quem foi jogado. Que toda a responsabilidade seria nossa, mediante às escolhas.

Ponderando sobre a vida do filósofo e suas interpretações concernente o homem e o mundo, percebo que por ele ter passado por vários momentos difíceis, difíceis mesmo e sem ter notado que foi "protegido" e que cresceu à cada momento como esses, sentiu-se só e prepotente, tornando-o pessimista à ponto de achar que viver é sempre acompanhado de angústia. Ressalto que viver esperando o valor do mundo, seremos sim meros frustados, pois não consegueríamos agradar à todos em todas as nossas escolhas diárias.

Pensador e persuasivo, usou de sofisma em querer corroborar suas teses. Concordo com tudo que ele disse sobre "o nosso futuro depende de escolhas feitas agora e todas as escolhas afeta não só à nós, como também outras pessoas", por dizer que "não podemos colocar à culpa em ninguém pelos nossos fracassos/atos" e também em dizer que "é após existirmos que moldaremos nossas essências, através de escolhas". Dando maior liberdade ao homem e responsabilidade também. Não aplaudo os argumentos em que ele dar todo o poder ao homem, esquecendo de citar Deus, como se não existisse. Fora isso, tudo procede.

A mesma forma que ele usou para persuadir as pessoas sobre sua opinião, hoje, muitos usam para falarem de deus*, desacreditando as pessoas, limitando-as ao progresso pessoal, como se Deus fizesse de nós fantoches. Essas pessoas dão muito poder à Deus - não que Ele não tenha, por favor -, e nenhum poder se quer à nós, como se fóssemos a escória, e tudo que fizéssemos seria inútil, uma vez que "tudo à Deus pertence"; como se "Deus me fez assim, assim vou ser", fazendo assim de deus* um mentiroso, uma vez que ele deu a liberdade e agora nos controlam.